QR Code Químico: Um nariz optoeletrônico simples e descartável à base de papel para a identificação de odor de azeite

O azeite de oliva é um alimento apreciado e de alto valor nutricional, além de ser um componente essencial em muitas dietas.

A percepção do aroma e do sabor tem sido um critério importante para distinguir os azeites de qualidade inferior e superior.

Para obter uma distinção satisfatória com base nas propriedades organolépticas, algumas avaliações podem ser realizadas por especialistas sensoriais altamente treinados ou por determinação instrumental da composição do óleo volátil. 

A utilização de um painel de especialistas para a análise sensorial é cara, demorada e incapaz de realizar determinações quantitativas, inviabilizando as inspeções de rotina. 

Neste cenário, a identificação e/ou determinação dos compostos voláteis por técnicas instrumentais ou sensores químicos são uma excelente alternativa que pode ser customizada para avaliar a qualidade de amostras de óleo de forma a discriminar azeites de oliva de óleos adulterados e detectar defeitos rançosos, o estado de oxidação ou a deterioração causada por fatores externos.

Neste estudo, um nariz optoeletrônico simples, de baixo custo e descartável, porém eficiente, à base de papel, composto por 12 corantes que forneceram dados resultantes da interação entre os compostos voláteis e a matriz colorimétrica, foi usado para identificar e avaliar o odor do azeite de oliva. 

O dispositivo analítico em uma configuração de QR code foi fabricado para permitir a impregnação de tinta e facilitar o alinhamento antes da aquisição da imagem com um smartphone. 

As mudanças de cor foram empregadas para construir mapas diferenciais com uma impressão digital única:

(i) para discriminar entre azeite de oliva e outras amostras de óleo comestível;

(ii) quantificar o não-analdeído como um marcador de oxidação;

(iii) identificar óleos oxidados por meio de análise de componentes principais (PCA) e análise de componentes hierárquicos (HCA).

Até onde sabe-se, esta é a primeira vez que um nariz optoeletrônico é aplicado para avaliar amostras de azeite.

Autores:
Josiele Aparecida M. Conrado
Rodrigo Sequinel
Barbara Cristina Dias
Marcos Silvestre
Alex D. Batista
João Flávio da S. Petruci

Instituição:
Universidade Federal de Uberlândia
Universidade Federal do Paraná

O artigo foi publicado esse ano, na revista Food Chemistry, e você pode acessá-lo clicando aqui.

Parabéns ao grupo de pesquisa!  👏👏

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Acesse outras pesquisas já publicadas no Projeto Jaleco Furado aqui.

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