Se você achava que a fábrica da sua cerveja favorita era velha, encontraram uma mais antiga ainda.
Na última semana, arqueólogos egípcios e americanos descobriram em um sítio religioso, em Abydos, na região do Alto Egito, uma cervejaria de larga escala com capacidade de 22.400L de produção.
Bem diferente do que estamos acostumados, a cervejaria datada é da época da Dinastia do Rei Narmer, há mais de 5 mil anos, e possuía 8 unidades de produção com 20 metros de comprimento, 1,5m de largura e todas feitas de cerâmica.
Em cada unidade, foram encontrados 40 potes em duas fileiras: ali eram aquecidos os grãos de cereais e a água para a produção da cerveja.
Recentemente, diversas descobertas “cervejeiras” tiveram destaque por sua relevância. Em 2019, pesquisadores israelenses conseguiram isolar e caracterizar leveduras antigas presentes em vasos de cerâmica usados na fabricação de cerveja à época.
A equipe conseguiu “reproduzir” a cerveja da antiguidade, similar a que era produzida no Egito, há 5 mil anos atrás. Possivelmente a cerveja refeita era similar as da “nova” cervejaria localizada.
Os pesquisadores acreditam que a cervejaria encontrada abastecia os rituais reais funerários para cultos de sacrifício do Rei Narmer, conhecido por unificar o Egito.
O local onde a cervejaria foi descoberta faz parte de um antigo cemitério e a região abriga diversos templos e monumentos, os quais são visitados por milhões de pessoas, anualmente.
A cidade de Abydos é uma das mais antigas do Egito. Localizada na província de Sohag é considerada um importante centro turístico e recebeu múltiplas descobertas nos últimos anos.
Com a pandemia de COVID-19, o setor tenta se recuperar com as recentes descobertas, sendo a cervejaria mais uma de expressão mundial.
Será que Abydos vai ser um destino para os cervejeiros nos próximos anos?
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