Uma grande tendência no mundo de alimentos e bebidas é o uso de derivados de cannabis como ingrediente, tanto em alimentos como em suplementos alimentares.
O uso de derivados de cannabis em alimentos e suplementos alimentares é projetado como um dos novos ingredientes de maior interesse no mundo.
A principal razão reside no seu alto teor de proteínas e ômegas 6 e 3, o que o torna um dos ingredientes com maior interesse e potencial de desenvolvimento na atualidade.
Além do canabidiol, mais conhecido por sua sigla CBD, que é o ingrediente não psicoativo que possui efeitos medicinais.
Evidências em uso médico apontam que o seu emprego é eficaz no tratamento de alguns sintomas da epilepsia infantil, como a síndrome de Dravet e a síndrome de Lennox-Gastaut (LGS).
A indústria de alimentos e suplementos também vem estudando muito esse canabinóide como um ingrediente nootrópico, substância que tem o poder de melhorar as funções cognitivas e o desempenho mental em pessoas saudáveis.
É importante salientar que o uso da cannabis é para aproveitar os benefícios nutricionais e ingredientes funcionais naturalmente presentes na planta, contudo, isso não tem nenhuma relação com o THC (tetra-hidrocanabinol), o canabinóide responsável pelos efeitos psicoativos.
A maioria dos produtos são lançados em estados onde a maconha é liberada nos Estados Unidos – principalmente Califórnia, Colorado e Washington.
Alguns exemplos também são vistos no Canadá, um dos primeiros países a aprovar o uso em alimentos, na Austrália e na União Europeia, onde é considerado um novo ingrediente.
Embora seu uso em alimentos ainda não seja popular na América Latina, alguns países já estão avançando nesse assunto.
O Uruguai foi primeiro país da região latino-americana a aprovar o uso de derivados de cânhamo em alimentos. Dois ingredientes principais foram aprovados: a proteína e o óleo de sementes de cânhamo.
A proposta inclui que qualquer um desses ingredientes não deve exceder um teor de delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) de 0.3% medido em produtos finais, que deve ser comprovado por certificados de análise de laboratórios credenciados.
Seguindo a mesma linha, em 2020, o Equador apresentou uma proposta visando introduzir regras para autorizar o uso de sementes de cannabis descascadas e seus subprodutos, como a proteína em pó obtida da semente e seu óleo.
No brasil, a questão regulatória anda devagar, mas dando seus primeiros passos.
Em março de 2020, entrou em vigor a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que regulamenta a fabricação, a importação e a comercialização de produtos derivados da Cannabis para fins medicinais (RDC Nº 327),
A norma que foi aprovada em dezembro do ano passado, entretanto, o plantio se mantém proibido no país.
O mercado do uso de derivados de cannabis em alimentos e bebidas cresce a cada ano e diversos produtos já se encontram no mercado internacional.
Confira alguns deles:
E você, o que acha dessa tendência? Já experimentou algum produto com derivados de cannabis? :))
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